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É injusto que muitas vezes o trabalho do produtor musical seja tão pouco reconhecido, principalmente num cenário em que não vemos tantos artistas completos, como Stevie Wonder e John Legend, que têm uma noção total da música que fazem. O produtor tem a tarefa árdua de lapidar um diamante bruto, a responsabilidade de polir uma jóia pra parecer mais brilhante ou o trabalho alquimista de transformar pedra em ouro.
E tem alguns que onde quer que toquem, deixam a sua marca característica.

Estelle ft.Kanye West - American Boy (Prod: Kanye West)- Estelle é o que a imprensa musical desocupada insiste em chamar de nova Amy Winehouse, assim como faz com Duffy e Adele. É filha de senegalesa e grenadiano, caiu nas graças de Will.I.Am, Mark Ronson, Wyclef Jean, John Legend, Cee-Lo e Kanye West, tendo cada um contribuído um pouco pro seu álbum de estréia. Ainda não escutei, mas deve ser interessante ficar tentando adivinhar "essa faixa foi o Will.I.Am que produziu, essa outra foi o John Legend..."
Por enquanto fico só com American Boy, produzido pelo multipremiado e sócio do Grammy, Kanye West, que tá numa onda de grooves fortes e sintetizadores pesados, algo que deve ter pegado por osmose quando fez parceria com Daft Punk.

Michael Jackson - Off the wall (Prod: Quincy Jones) - Em 1978, após ter saído da Motown, o Jackson Five lançou um disco "Destiny', que foi bem sucedido e rendeu a Michael elogios por compor e produzir sete faixas desse álbum. MJ pensou então em retomar sua carreira solo, e perguntou ao amigo Quincy Jones se ele poderia indicar alguém para produzir seu próximo disco. A resposta foi: "Pode ser eu?".
O resultado é "Off The Wall", que uniu a energia e suingue de Michael e a sofisticação e experiência de Quincy. A parceria se maneteve em "Thriller", que dispensa comentários, e foi até "Bad", a última coisa boa na carreira de Michael, que depois disso virou uma caricatura de si mesmo.
Curioso que a edição de aniversário de Trhiller foi lançada a pouco tempo e com produção do Will.I.Am, produtor sinistrão que já foi citado aqui antes, e que não entrou na playlist por pouco.

Madonna - Heartbeat (Prod: Timbaland)- Alguns fatores fazem de "Hard Candy", novo álbum da Madonna, uma decepção.
Primeiro: Veio depois de "Confessions on a dancefloor", que é talvez o melhor da carreira da Madonna, e a comparação é inevitável.
Segundo: Não tem aqueeeeeeele hit.
Terceiro: Timbaland, apesar de ser sinistrão, não conseguiu captar o estilo Madonna de ser. Ele imprimiu demais a sua marca, e "Hard Candy" ficou parecendo não um disco da Madonna, mas um disco do Timbaland cantado pela Madonna.

The Beatles - Strawberry Fields Forever (Prod: George Martin) - Não tem muito o que falar de George Martin. Até o padeiro da esquina sabe a importância que ele teve na carreira dos Beatles. A ponto de ser chamado de quinto Beatle e de fazer algumas pessoas pensarem que se não fosse ele, com seus arranjos e orquestrações, os Beatles seriam só mais uma banda de rock como todas as outras.

É comum nas músicas de Seu Jorge e Gabriel Moura a presença de alguma musa inspiradora, seja Carolina, "pretinha", Mariana, burguesinha, garota do méier, Madá...
Vou colocar aqui umas três, menos conhecidas.

Seu Jorge - Burguesinha - Composição de Seu Jorge e Gabriel Moura, assim como muitas outras músicas do novo CD do Seu Jorge. Samba-rock suingadão, viciante.

Gabriel Moura - Garota do Méier - O próprio explica:

"O bar onde eu tocava chamava-se Mai-Tai. Ficava ali no “Baixo Méier”, onde à noite, o bicho até hoje costuma pegar. Antigamente tinha ponto de ônibus nessa rua, agora eles tiraram, fizeram um calçadão só e ficou mais espaçoso.Um “baixo” legítimo. Quando eu estava concorrendo com o samba na Caprichosos de Pilares, o dono do bar fechava o estabelecimento e todo mundo ia pra quadra torcer. Era um público muito vivo e interessante onde todo mundo se conhecia.
Foi nesse bar que conheci o Seu Jorge em 90.
Ali do lado ficava o ponto final do 455 e 456 onde eu e meu irmão, descalços, de short, sem camisa, pegávamos o ônibus pra praia. Várias gatinhas e alguns amigos que a gente sempre encontrava chegavam na praia juntos e aos poucos iam se espalhando. Na volta, o chão do ônibus parecia pegar fogo de tão quente e o motorista o fazia praticamente voar.
Uma homenagem então às garotas que moram nesse bairro onde escrevi boas páginas da minha história."

Como morador do Méier, achei maneiro fazer uma música homenageando o bairro, mas ao citar pontos de referência, ele só fala de lugares que fecharam, tipo o Imperator. Isso sem contar que no final ele fala uma porrada de número de linha de ônibus. Ou seja, segundo ele o Méier se resume a lugares fechados e muitos ônibus. E não é bem assim........(NOT).

Seu Jorge - Mariana - Sambinha intimista também do último CD do Seu Jorge.

A tempo: Gabriel Moura e Seu Jorge são parceiros desde os tempos de Farofa Carioca, banda formada por eles, e pela qual foi lançado o CD "Moro no Brasil" em 1998.

Adoniran Barbosa e Elis Regina - Tiro ao Álvaro - O criador de típicos personagens paulistanos, Adoniran Barbosa, faz parceria com Elis Regina nessa faixa deliciosa.

Noriel Vilela - Só o Ome - Esse cara é o mesmo do famoso 16 toneladas. A faixa faz parte do álbum "Eis o ome", toda com temática voltada para a umbanda e o cotidiano do subúrbio carioca.

Chico Buarque - Deixe a menina - A "unanimidade nacional" irreverentemente constata a verdade universal.

João Nogueira - Samba Rubro-Negro - João Nogueira, sambista, flamenguista, e pessoa inteligente que é, declara o seu amor ao mais querido.

The Go!Team - Junior Kickstart : Parece abertura de seriado de ação dos anos 70, mas é de 2004. Essa banda estranha de três bateristas (sendo que só tocam dois simultâneos) conseguiu emular referências múltiplas da cultura pop no seu primeiro disco, 'Thunder, Lightning, Strike'. Apesar da boa sonoridade, o álbum não passa de um (bom) apanhado de influências. Essa faixa, que tem um clip não-oficial genial, é viciante.

Móveis Coloniais de Acaju - Copacabana: Essa banda de rock brasiliense tem influências de ska, música de baile, gafiera, polka, danças do leste europeu.... Parece pretensiosamente metido a cabeçudo, não? Pois saibam que o show dessa banda é um dos mais divertidos que se pode encontrar no circuito brasileiro. Os integrantes são fanfarrões ao extremo, bem no estilo canastrão. Vão pro meio da galera, pulam, fazem roda, zoam tanto ou mais que o público. E provam que a única pretensão deles é se divertir.

Massacration - Metal Milkshake: Influência única: Metaaaaaaaalll !!!!

Faz algum tempo já que começaram com uma história de salvação do rock.
No começo dos anos 2000, New metal (Linkin Park, Limp Bizkit) e outras coisas que de tão genéricas são inclassificáveis, algo como um grunge mais do que tardio (Nickelback, Creed) ou punk pop (Blink 182), eram o que havia de "rock" na grande mídia. Ninguém mais agüentava essas figuras, todos estavam sedentos por alguma coisa nova que tirasse o mercado daquele marasmo.
E eis que surge o The Strokes. Com um som simples, direto, atitude "agressiva" na medida, estilo setentista... Era algo que realmente se diferenciava do grande resto.
A expectativa de novidade no mercado era tão grande que a mídia se empolgou demais e logo tratou de alçar os moleques a salvadores do rock.
O problema é que a carapuça não serviu. The Strokes não tem qualidade pra salvar rock nenhum. É uma banda legal e não passa muito disso. Os próprios integrantes achavam esse confete todo uma babaquice.
Já que a história não colou muito bem, passou-se a criar novos salvadores do rock a cada mês: Libertines foi o novo Strokes. Franz Ferdinand foi o novo Libertines. Bloc Party foi o novo Franz Ferdinand. Arctic Monkeys novo Bloc Party. E por aí vai.
Milhares de bandas e artistas já surgiram e já foram esquecidos nesse tempo.
As músicas que vão estar no playlist foram o hype de 2007: o que não impede de serem desconhecidas.

The Gossip - Standing in the way of control - A banda da vocalista riot grrrl-gordinha mete bronca com a levada de baixo característica. Essa música foi usada na polêmica série Skins, o que deu visibilidade pra cacete pra banda.

The Cribs - Man's needs - Admito que não conheço lhufas desses aí. Só sei que são do interior da Inglaterra, o vocalista é um boçal e essa música (que é legalzinha) ficou em 3º na lista de melhores singles de 2007 da NME.

Klaxons - Golden Skans - Os atuais queridinhos da mídia. São os maiores expoentes da 'so called' new rave. São os que já se adiantam e tomam pra si influências do começo dos anos 90, como roupas estampadas, coloridas demais,etc. Enfim, imagine o modo como o Will Smith se vestia em Fresh Prince of Bel-Air.
Momento TV Fama: O vocalista é namorado da Luíza Lovefoxx da 'Cansei de Ser Sexy'.

Interpol - No I in threesome - O Interpol lançou agora a pouco o 3º CD deles, 'Our love to admire', e é uma das poucas bandas que mantêm a regularidade, qualidade e serenidade, já que não se deixam influenciar pelo hype. Essa faixa mostra bem do que se trata o som deles: os instrumentos conversando entre si e a voz intimidadora do Paul Banks.

Arctic Monkeys - Fluorescent adolescent - Um fenônemo: graças aos bootlegs em mp3 e ao myspace o primeiro disco deles bateu recordes de venda dos Beatles logo no dia do lançamento. São moleques da minha idade (foto) que fazem música legal sem muita pretensão. Um dos poucos que podem ter futuro.

Lily Allen - Everybody's Changing - Lily e Amy Winehouse são as novidades de 2007. Imporam seus estilos musicais a um mercado que passava por um momento de saturação. Suas músicas têm influências do jazz americano e do ska. Aqui Lily faz um cover intimista e suave do hit da banda Keane.

Bom, essa foi só pra reanimar um pouco isso aqui e preparar vocês pro giga mega master reloaded projeto que eu tô preparando faz moh tempão e que vai sair em breve.

Dia 2 de dezembro
Tô meio atrasado né...

Fundo de quintal - Pela hora
Jovelina, Almir Guineto e Leci Brandão - O show tem que continuar
Jorge Aragão - Coisa de pele
Fundo de quintal e Jorge Aragão - Minhas andanças
Fundo de quintal - Força, fé e raiz / Banho de fé

(Reparem que o line é Fundo de quintal puro...Almir Guineto, Jorge Aragão...)

Um dia viro sambista de verdade!
Parece engraçado, mas há uns 100 anos atrás a polícia prendia mulato por porte de violão... Agora que as coisas melhoraram (um pouco) só não vira sambista quem não quer, quem é ruim da cabeça ou doente do pé.

Repara no violão de "Pela Hora". Perfeito!

This is a Bahamavention!

Contagiado pelo rompante de vontades repentino da Carlinha e a volta do fotolog, estou eu aqui de volta com o podcast. Dessa vez com músicas escolhidas por ela... todas, menos Better Together, que eu sugeri e ela aprovou. Das outras, todas ela anda cantando por aí...

Beatles - 8 days a week
Beatles - Come together
Jack Johnson e Buena Vista Social Club - Better together
Beach Boys - Woudn't it be nice?

Aee! Gostei da intervenção.. precisamos d mais dessas

E isso é tudo pe-pessoal..

- Diga tchau Lilica
- Tchau Lilica!

Graças a um erro idiota do podomatic to sendo obrigado a colocar esse post de novo:

"Eu copiei essa ideia de um podcast do rraurl.com. Eu vou colocar aqui primeiro as músicas que todo mundo conhece e depois vou colocar as otras q serviram de sampler ou algo parecido, e q nem tdo mundo conhece. Num tem nenhuma descoberta da polvora, só to colocando por curiosidade.

Primeiro, Nelly - N'Dey Say / Spandau Ballet - True: A versão do Nelly ficou ridícula, ele chupou descaradamente a música, nao adicionou nda, e ngm q nao conhecesse a original iria gostar dela. Colocando uma seguida da outra nao da nem pra saber onde uma começa e outra acaba.
Nota: 4

Vanessa Hudgens - Come Back To Me / Player - Baby Come Back: Ate q a musica é ouvivel, mudaram um poquinho a linha melodica, o q nao chega a comprometer, a menina canta bem, mas a original prevalece...
Nota: 6

Sean Kingston - Beautiful Girls / Ben E. King - Stand By Me: Apesar do cheiro d picaretagem e d oportunismo, num da pra negar: a porra da musica fica na cabeça e o gordinho tem kra d ser gente boa.
Nota: 8

Caramelle ft. Nitro - Self Control / Laura Branigan - Self Control: Nenhuma das duas é mto conhecida. Mas eu coloquei msm pela forma q eu as descobri. A versao veio numa coletanea q eu baxei, me chamou atençao e por isso escutei algumas vezes. E eis q logo dps disso, qdo to jogando GTA - Vice City, a original começa a tocar. Ambas sao fudidas e grudentas, mas a versao tem um toque mais cool.
Nota: 8

É isso aí, pe-pessoal, tem mais algumas aqui, eu vo dar uma organizada e dps posto a pt.2."

Exemplares da música negra brasileira, cubana e americana.

Jongo da Serrinha - Caxambu de Sá Maria: o Jongo da Serrinha resgata a tradição do jongo (os mais antigos chamam de caxambu), música de influência direta dos escravos, e por isso, apesar do ritmo geralmente festivo, tem um quê de melancolia e banzo.

Buena Vista Social Club - Chan Chan: falar de música negra cubana é redundância. O diretor alemão Win Wenders conseguiu reunir os músicos do antigo Buena Vista Social Club pra fazer um documentário belíssimo, que resultou numa turnê mundial e num estrelato tardio a gente do porte de Compay Segundo (foto).

Sammy Davis Jr. - Mr. Bojangles: o faz-tudo do show bizz americano (cantor, ator, músico, comediante, dançarino e membro do 11 homens e um segredo original) Sammy Davis Jr. esculacha na interpretação ao falar sobre a figura folclórica Mr Bojangles - alguns dizem que existiu, mas ninguém nunca soube seu verdadeiro nome. Sapateava como ninguém, fez seu sucesso, mas bebia demais, entrou em decadência, e acabou vivendo o resto da vida numa cela de prisão em New Orleans. A canção é o ponto de vista de um homem que dividiu a cela por uma noite com Bojangles e com ele começou a falar sobre a vida.

Começando o programa, uma dupla francesa que esmerilha com grooves pesados e dançantes. Não é o Daft Punk, mas o Justice, com D.A.N.C.E. (e assim se acaba a ilusao do titulo criativo).

Dps tem o MSTRKRFT, uma forma besta d escrever Masterkraft, com Easy Love, abusando do vocoder e do ritmo quebrado. Continuando, All Through The Night, da big band Escort, musica q tem um clipe supimpa feito com pedaços do Muppet Show.

Pra finalizar, Daft Punk (agora sim) com Face to Face, do album classico Discovery, de 2001. Só pq nao podia faltar. E a saga dos samplers nao acabou nao, daqui a pouco posto a pt.3.

Continuando a saga, eu fiz um pout-pourri pra remontar as origens do sampler da bela canção Boladona, da Tati Quebra-Barraco. Ele foi retirado do hit classudo lançado em 2002 pela dupla Layo & Buschwacka, Love Story, que por sua vez tem os acordes e linha de baixo chupados de uma música do Devo, banda pós-punk do remoto 1977. Os retardados do Devo, meio que pressentindo o advento de Tati Quebra-Barraco e seu mal-fadado sampler, deram à musica o profetico nome de Mongoloid.

Obvio neh... Figura de fractal, musica idem. Pra entender o q eh um fractal:

Apparat - Fractales pt 1 e 2, uma viagem musical de repetições e novidades, de inúmeras percepções e analogias com o fractal. As estruturas vão se repetindo, mas chega um momento no qual a definição de detalhes vai diminuindo e nao dá mais pra ir adiante, assim como no final da musica, mas sabemos que esse processo eh infinito.

O tema desse programa é o que eu tô escutando em eletrônica ultimamente. Quer dizer, só vou postar musicas que grudam fácil no ouvido, aquela chacotinha que todo mundo gosta, afinal, é meu primero podcast e eu não quero espantar ninguém de cara.

Digitalism - Pogo: Musica do primero CD do digitalism, chamado Idealism. Nessa musica eles fogem um pouco do eletroclash e entram no indie sem medo de ser feliz. Chicletuda..

Royksopp - What else is there? (Trentemoeller remix): Prova de que muitas vezes o remix é bemmm melhor que o original. Lá pra 5:36 a musica finge que vai revoltar mas deixa na vontade. Água moeller em pedra dura..

Funkdust - Brutal: Faixa sinistrosa. Synthzinho chacota que não falta nem sobra. Brutal..

Depeche Mode - Enjoy the Silence: Um claaassico do synthpop. Isso é o que todo mundo tá querendo imitar hoje. Quero ver ter disposição pra bater de frente. Mas não foi por isso que eu postei nao. Letras pra pensar..

Get Far - Shining Star: Tá bom, vai. Essa musica é daquelas que grudam, tocam na radio e o cacete. Mas e daí?? Deixar por ultimo é maldade, ela com certeza vai ficar na cabeça. Por isso... tem outra..

Martijn Ten Velden - I wish you would: Faixa tão comercial, manjada e antiga quanto a anterior, mas eu tenho quase certeza como muitos não conhecem. Vocais safados e levada pra quebrar a coluna. By the way i wish you would..

E isso eh tudo, pe-pessoal. Se gostou, deixe opinião. Se nao gostou, faz melhor. =) OBS: a imagem do programa é uma fita de moebius que eu axei no google imagens..